Galadriel Roux

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  • Nome: Galadriel Roux
  • Idade: Desconhecida
  • Nascimento: Desconhecido
  • Avatar: Gal Gadot
  • Raça: Feiticeira
  • Marca de Feiticeira: Garras afiadas e asas (que foram arrancadas de si)
  • Gênero: Feminino
  • Sexualidade: Pansexual
  • Residência: Apartamento no terraço do Taki's Diner
  • Gostos: Viajar, esculturas antigas, Grécia, noites estreladas e dias de tempestade. E sem dúvidas, pessoas que lhe intrigam de alguma forma e que deixem sua vida mais interessante. Não menos importante, a mulher gosta de cultivar flores em seu pequeno jardim, ainda que não leve jeito com a coisa. Ah e claro, sua corrida matutina, a qual realizada todos os dias, sem quaisquer falta. (É apaixonada por armas brancas, das quais pode até mesmo esconder sob a fenda de um belo vestido.)
  • Desgostos: Baderneiros que lhe pertuabam a paz, bêbados e jovens com senso de autodestruição.
  • Curiosidades: Galadriel nasceu com traços marcantes de uma feiticeira, tendo sido violada por homens que lhe roubaram uma delas - sendo então suas asas - a mulher permanecerá somente com garras afiadas. Que esconde dos olhares curiosos com feitiços e poções. Em seu corpo, também é possível ainda encontrar a marca de onde antes ficavam suas asas, como uma lembrança permanente da crueldade humana e do preconceito ao qual foi vítima. Atualmente encontre a mesma com tatuagens mundanas, traçadas no formato das asas perdidas a décadas atrás. Em seu apartamento sobre o pequeno restaurante, a feiticeira abriga três gatinhos, sendo eles: Morfeu: o gatinho que vive dormindo pelos cantos; Calliope: uma fêmea temperamental e Orfeu: um gatinho apaixonado por qualquer coisa com que possa acalmar seus hormônios.
  • Personalidade: Galadriel é uma mulher calma na maior parte do tempo, de humor obsercuro algumas vezes e bem humorada.Temperamental em grande parte das situações e extremamente vaidosa, sendo amável com quem quer que tenha apresso. Ainda que muito rancorosa, dificilmente muda de opinião sobre alguma coisa, mas tenta com afinco manter-se em constante aprendizado como um dia lhe fora ensinado.

No ano de mil trezentos e vinte e dois, na cidade de Haifa (antiga Porfiria), entre as Carmelitas se encontrava uma que se destacava mais do que as demais por sua beleza, elegância e gentileza. Seu nome era Olímpia. Mesmo com as vestes largas e os fios tão escuros quanto a noite cobertos por uma túnica, todos os olhares sempre caíam sobre ela. A curiosidade, por poder existir alguém tão bela e eternamente casta, acabava atraindo a atenção dos homens mal-intencionados que acabavam se vendo completamente rendidos por Olímpia assim que as palavras tão doces quanto o mel deixavam os seus lábios rosados. Logo, eles percebiam que ela tinha muito mais do que uma beleza avassaladora, como a inocência e a bondade de uma criança. Devido a isso e aos pedidos de casamento que surgiam em montes para uma mulher tão devota, as demais carmelitas passaram a protegê-la de qualquer presença masculina mundana, mas não podiam fazer o mesmo por uma demoníaca.

Enquanto cumpria as suas tarefas na cidade, alegrando o dia de qualquer um que a visse com palavras gentis ou apenas com um sorriso amigo, ela acabou atraindo a atenção de um demônio que se espreitava nas sombras e que se encantou por ela assim como todos os demais que a viam. Ele passou a cercá-la, observando os horários dela e as saídas, buscando um momento propício para que pudesse atacá-la. A criatura aguardou o momento certo e, quando Olímpia foi enviada para buscar água em um poço próximo do Mosteiro, ele a atacou e tirou a sua inocência a força. Ninguém jamais soube por que ele não a matou, tendo em vista que não era uma criatura conhecida em seu próprio reino por poupar vidas, mas ele fez aquilo naquela noite. Pela primeira e última vez. Desonrada e completamente destroçada, a carmelita retornou para o mosteiro e contou para a sua superior o que tinha acontecido e, com as marcas em seu corpo e o medo expresso em seus olhos, não houve dúvidas de que aquilo era realmente verdade.

A sua superior fez com que ela permanecesse em um quarto escondida até que se recuperasse e cuidou em pessoa para que a história não se espalhasse para parte alguma, orando noite após noite e jejuando por dias a fio para implorar aos céus para que daquele trauma não fosse gerado uma vida e para que os ferimentos na alma daquela pobre criança pudessem ser curados. No entanto, o pedido não foi ouvido. Poucos meses depois, quando Olímpia estava tornando a se entrosar novamente com as demais carmelitas, foi notado que as suas regras atrasaram por mais de um mês e seu ventre passou a crescer. Ela ficou completamente devastada e, daquele momento em diante, tanto ela quanto a sua superior souberam que não tardaria muito para que as pessoas descobrissem o ocorrido. Mas aquele era apenas o início do pesadelo que se tornaria a sua vida.

Uma das carmelitas conseguiu encontrar um casebre escondido próximo do mosteiro, um em que Olimpia poderia dar à luz sem ser descoberta, e ela foi enviada para lá antes que os sinais de sua gravidez ficassem ainda mais claro para todos. Durante esse tempo, ela recebia visitas de suas superiores ou de suas irmãs carmelitas para verem se ela estava bem e para perguntar se ela já havia decidido o que faria com a criança ou com o seu futuro, mas nunca tinham uma resposta. Ela estava completamente perdida e despreparada para aquela situação, ainda sendo atormentada pelo trauma que aquilo tinha a gerado e com a vida que crescia cada vez mais em seu ventre. Em uma das vezes que uma das irmãs foi visitá-la, em um ato desesperado para ajudá-la, a irmã acabou contando que as mulheres de vida fácil tinham um jeito de "resolver" essa situação antes do nascimento e se prontificou para ajudá-la, mas somente a ideia de matar um inocente tinha a apavorado e ela negou a ajuda e ficou horrorizada com a ideia. Naquele dia, após ter sido deixada com os seus próprios pensamentos no casebre, ela percebeu pela primeira vez o quanto estava apegada com a criança. Afinal, ela era tudo que iria a restar no final daquilo tudo.

No dia do parto de Olímpia, ela havia precisado implorar por ajuda de um rapaz que estava passando pelo casebre e pediu para que ele fosse até o mosteiro chamar alguém e ele o fez. Entretanto, o que ela não tinha percebido na hora, era que o rapaz era um dos tantos que ela tinha rejeitado e ele não poupou palavras para contar para todos o que estava acontecendo. Tal fato, acabou atraindo olhares curiosos para o casebre e, consequentemente, para a criança que havia nascido com asas negras de anjo e garras afiadas. Os mais curiosos que viam todo o ocorrido pela fresta da porta semiaberta ou pela janela, observaram aquilo com o mais profundo espanto e não pouparam tempo para ir contar para os demais sobre aquilo. Em pouco tempo, todos que viviam próximo ao mosteiro estavam a par da situação e as carmelitas tentavam manter a calma dentro daquelas quatro paredes, mas as coisas não tinham ocorrido como o esperado. As pessoas batiam nas portas e nas janelas e tentavam invadir o pequeno casebre, gritando para que mostrassem a "aberração" para eles, e Olimpia apenas protegia o bebê em seu colo com as suas forças restantes enquanto sussurrava que tudo iria ficar bem.

As irmãs que se encontravam naquele recinto bloqueavam as portas e as janelas com o próprio corpo, no entanto, era um fato de que eles iriam invadir aquele casebre uma hora ou outra e o único pensamento de Olimpia foi para a criança que estavam em seus braços. Ela não podia deixar que uma criatura tão pequena pagasse pelos seus pecados, portanto, dando um último beijo na testa da recém-nascida, ela implorou para que a sua superior levasse a criança para o mais longe possível de tudo aquilo enquanto distraía os cidadãos raivosos. E foi o que aconteceu.

Olimpia saiu pela porta da frente, sendo mantida em pé por duas de suas outras irmãs, conforme o bebê era levado para longe de tudo aquilo pelos fundos. A carmelita tentou mentir, dizendo que o bebê tinha morrido segundos após o nascimento e postergou o máximo que pode a fuga da criança, ouvindo sussurros de que tinha se deitado com o diabo para que tal aberração pudesse nascer e por mais que negasse, suas palavras pareciam vazias para eles e mentiras jogadas ao vento. Pessoas as quais a única que ela tinha feito havia ser gentil, agarraram os seus braços e a levavam até O Santo Ofício. Assim como o esperado, ela foi torturada até conseguirem arrancar o que acreditaram ser uma confissão e condenaram como culpada por bruxaria e por se deitar com o diabo, com base nas descrições da criança nascida e por uma marca de nascença em formato de um coração em suas costas. Ela foi levada até uma pira e queimada viva. As suas últimas palavras antes de ser consumida pelas chamas foram: "Em tuas mãos, ó senhor, eu entrego o meu espírito".

Não muito distante dali, enquanto Olimpia servia como distração, a carmelita correu o mais rápido que foi capaz com o bebê recém-nascido, se esgueirando nas sombras e orando para que os céus tivessem piedade dela e da criança em seu colo - o que aconteceu, mas com apenas uma das duas. O bebê e a carmelita conseguiram fugir de todos os tolos fazendeiros que se apegavam a pistas falsas ou que caíam na trilha falsa feita pela mulher que era mais inteligente do que eles poderiam esperar, mas nem todos que estavam no grupo de busca eram tolos o bastante para acreditar em algo não premeditado e armado tão às pressas assim. Principalmente se já estivesse acostumado a caçar humanos. Um mercenário que tinha se juntado aos demais por pura curiosidade acabou encontrando a carmelita, que clamou por piedade, que não foi a concedida assim que os olhos dele caíram sobre a criança. Ele sabia que poderia ganhar um bom dinheiro com ela, no entanto, o mesmo não se aplicava para a mulher a sua frente que valia a mesma coisa viva ou morta. Então ele não poupou tempo antes de cortar a garganta dela e sequestrar a criança.

Ele se escondeu em um navio cargueiro na mesma noite e tentou viajar até um local o qual pudesse vendê-la por um bom preço. Apesar de seu plano inicial ser tentar fazer isso na Inglaterra, algumas circunstâncias acabaram o levando até a Grécia, onde ele rapidamente localizou um comprador para uma criatura como aquela. Um homem rico que era conhecido por colecionar peças extraordinárias e que pagou muito mais do que aquele pobre mercenário já tinha visto na sua frente durante toda a sua vida. Assim que chegou com o bebê em sua casa, que tinha por volta de três meses, pediu para que alguns empregados cuidassem da criatura até que tivesse idade o suficiente para decidir o que faria com ela e assim eles o fizeram.

Os empregados a batizaram como Galadriel, pelo seu comprador não a chamar de outra coisa além de "aquilo" ou "aquela coisa", e tentaram a tratar com gentileza que uma criança merecia apesar de ainda terem cuidado com ela por a terem como um "monstro". No entanto, era difícil fazer isso quando tudo que ela conhecia eram as paredes de uma cela fétida e quando a única coisa que podia vislumbrar eram as pequenas janelas de sua prisão. Essas circunstâncias a atrapalharam consideravelmente em seu desenvolvimento, fazendo com que ela só soubesse falar algumas poucas palavras desconexas até os seus seis anos e com que se referisse a si mesmo como "aquilo" ou "aquela coisa", tendo em vista que era dessa forma que era chamada por quem, em sua cabeça juvenil, era a coisa mais próxima que ela tinha de uma figura paterna.

Aos oito anos, ela foi perdida em um jogo de apostas por aquele que era o seu "dono" e foi entregue como recompensa para um homem que era conhecido por ser um gatuno, desonesto e bêbado. Ela chorou por dias a fio, tentando se acostumar com o que se tornaria o seu novo lar e com o homem que se tornou a sua nova "família" - apesar de já estar começando a entender que nunca teve realmente uma -, mas a sua tristeza diminuiu um pouco quando foi entregue de "presente" para o filho desse senhor. Ele era poucos anos mais velho que ela e, diferente das demais pessoas, não a enxergava como uma monstruosidade - assim como as pessoas as quais ela tinha crescido, apesar de alguns tentarem disfarçar por sentirem pena da "pequena criatura" - mas a via como uma criança semelhante a ele. O nome do rapaz era Cadmo.

Eles viviam em uma casa distante de tudo e de todos, sendo visitados raramente pelo gatuno que tinha a vencido em um jogo qualquer, e Galadriel tinha que viver escondida no celeiro, entre os animais, por ordem da mãe de Cadmo. Diferente do filho, ela não tinha capacidade alguma de enxergá-la com bondade ou até mesmo como alguém igual. Para ela, aquela criança era uma das tantas quinquilharias que seu marido tinha o hábito de deixar em casa para que ela tivesse que lidar. Apesar disso, Galadriel conseguiu viver uma boa vida dos oito aos dez anos e conseguiu experimentar um pouco da sensação de liberdade e felicidade, embora não tenha sido tão duradouro quanto ela esperava.

Em uma noite quente de verão, quando Cadmo e sua mãe tinham viajado para a cidade próxima para visitar os seus avôs, Galadriel ficou escondida no celeiro até ouvir um som que chamou a sua atenção. Ela observou pelas frestas da porta de madeira o que estava acontecendo e viu quando os homens invadiram a casa atrás de alguma coisa, os reconhecendo como os "estranhos" que estavam conversando com a mãe de seu amigo dias antes, sem saber exatamente o que fazer ou como agir, ela correu e se escondeu entre o feno enquanto apertava os seus olhos com força e pedia para não ser encontrada. Para a sua infelicidade, os homens a acharam. Eram pessoas as quais o pai de Cadmo estava devendo e a mãe, sabendo que aquilo poderia ser cobrado dela ou até mesmo do filho, entregou a "curiosa criatura" que vivia em seu celeiro e os seus pertences mais valiosos em troca de sua segurança e a de seu único herdeiro. Ela só conseguia chorar enquanto era arrastada pelo feno até lado de fora do que ela tinha como a sua casa, ouvindo os cavalos relincharem e o barulho dos demais animais inquietos, mas não tinha muito o que uma garota tão pequena e magra quanto ela pudesse fazer, além de tentar usar as suas asas para se proteger deles.

Os homens pararam assim que chegaram aos seus cavalos prontos para partir, que se encontravam na frente da casa do único amigo que ela teve naqueles poucos anos de vida, e ela apenas pode notar o brilho assustador nos olhos de um deles antes dos outros dois a segurarem enquanto arrancavam as suas asas. Ela gritou e chorou o mais alto que conseguiu, sentindo uma parte de si sendo arrancada enquanto lutava desesperadamente para se liberar, mas apenas foi solta quando uma poça de sangue se formava no chão perto de si e quando ela estava fraca demais para se quer conseguir reagir. Tudo o que uma criança tão pequena quanto ela conseguia fazer naquele instante, era choramingar e se perguntar o motivo de terem feito aquilo com ela. Não conseguia compreender. Quando os homens tornaram a se aproximar dela novamente, antes de sua visão escurecer e o mundo em torno de si desaparecer completamente, ela viu um clarão escapando de suas mãos.

Ela acordou dias depois com muita dor, em um lugar confortável demais para ser o chão frio do celeiro ou silencioso demais para ser a casa a qual tinha conhecido, e se deparou com um casebre quente ao abrir os seus olhos. Uma mulher de fios brancos, um par longo de chifres de bode e olhos verdes a encarava, e ajudou ela a se alimentar enquanto explicava o que tinha acontecido. Para os mundanos, Constantine era uma velha curandeira; para o submundanos, era uma velha ifrit. Segundo o que tinha a contado, ela havia a encontrado Galadriel quando estava indo colher ervas que nasciam naquela região e ao lado de três homens já mortos. No entanto, Constantine a contou mais do que uma criança tão pequena quanto ela se quer poderia sonhar. Inclusive, sobre o que realmente ela era.

Inicialmente, Galadriel pretendia ficar apenas até se recuperar, mas acabou se afeiçoando aquela mulher que parecia ter tanto a ensiná-la e não a deixou nem mesmo quando as suas costas cicatrizaram - afinal, ela não tinha para onde ir de qualquer forma. Ela permaneceu com Constantine e aprendeu tudo que ela tinha para ensiná-la, indo da propriedade de cada erva até defesa pessoal. Ao longo desse tempo, a ifrit fazia contatos com outros feiticeiros e pedia para que ensinassem um truque ou outro para a menina ou até mesmo magia. Com isso, ela conseguia usar seus poderes para cobrir as marcas de feiticeiro de Constantine e as duas se mudaram para Pátras. Em pouco tempo, Galadriel acabou chamando atenção do povo e foi confundida com a deusa Atena. Por terem atraído essa atenção indesejada, as duas continuaram a se mudar até que em algum ponto decidiram seguir por caminhos distintos.

Galadriel vagou por toda a parte, aprendendo inúmeras línguas ao longo dos anos e até mesmo a arte de esculpir, se permitindo ver o mundo o qual tinha sido privada na infância e até mesmo encontrando o homem que tinha a raptado quando bebê e a levado para Grécia. Como o esperado de alguém em uma idade tão avançada quanto a dele e já quase senil, ele não a reconheceu e se quer iria conseguir, mas ela conseguiu se enxergar dentro da história de uma criança "monstro" que possuía asas e que tinha nascido de uma carmelita, tendo sido vendida para um homem abastado de dinheiro na Grécia. Ela não o fez mal algum, apesar de ele merecer, apenas fez mais perguntas a respeito da história e depois visitou o local o qual tinha nascido.

Anos mais tarde, quando estava vivendo em Roma, ela engatou em um relacionamento como uma caçadora de Sombras chamada Victoria Hathaway e acabou tão mal quanto se poderia esperar de um relacionamento com os filhos do anjo. Afinal, Victoria não parecia pronta para a assumir publicamente e ela não conseguia se manter em uma relação desse jeito. Pouco depois das duas romperem, ela migrou para Nova York e ajudou Constantine a cuidar do restaurante que ela administrava, o Taki's Dinner, até a morte dela na Guerra Maligna em 2007. Ela o assumiu com o apoio dos funcionários pouco depois e o administra desde então, tentando honrar a memória da coisa mais próxima que ela teve de mãe em sua vida.

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