Atlas Newgate

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  • Nome: Atlas Nightshade Newgate
  • Idade: 24 anos
  • Nascimento: 02 de outubro de 1984
  • Avatar: Bill Skarsgård
  • Raça: Caçador de Sombras
  • Gênero: Masculino
  • Sexualidade: Heterossexual
  • Residência: Instituto de Nova York
  • Gostos: Bebidas, armas, sua companheira de trabalho e boas confusões em lugares desconhecidos, ainda mais se os oponentes forem criaturas demoníacas.
  • Desgostos: Pessoas inconsequentes, desatentas, dias de calor e claridade, e atos de heroísmo.
  • Curiosidades: Atlas possui certo apresso pela cultura mundana em geral, sendo uma das únicas coisas da espécie que lhe agrada de fato. E claro, mantendo tal hobby em segredos dos demais, deixando uma coleção interminável de livros mundanos escondida em seu próprio quarto, em um enorme baú.
  • Personalidade: Atlas é alguém intenso com seus sentimentos, tendo sofrido muito quando ainda era apenas uma criança por ser inconsequente, desenvolveu certa repulsa por coisas impensadas. Parecendo frio pelas coisas que consequentemente precisam ser feitas. No entanto, apesar dessa fachada mais séria e distante, o homem é alguém humorado, possuindo certo apresso por piadas sombrias com seu trágico passado.

     "Não ache que sairá impune disso, filho do anjo. És tolo o suficiente para roubar de mim, então, terás que ser corajoso o suficiente para carregar a culpa que farei recair sobre seus ombros. Não será o último, mas sim, o primeiro a morrer por minhas mãos e levarei todos para que sempre saibam o que ocorre ao mexer com um príncipe do inferno. Você lhes deu a sentença e irão pagar em seu nome, criança Nightshade. Sua família retornará ao pó em que acenderam."

     Era tarde quando a mansão Nightshade estremeceu, não pela chuva la fora ou pelos trovoadas, que faziam seu irmão arregalar um pouco mais os olhos. Não, não era esse o motivo, mas aquela talvez fosse a razão pela qual iniciaram tal ritual naquele dia tão incomum em Alicante. Uma risada fria e calma guiava as duas crianças, gêmeas, até o porão do local. Passos incertos e curiosos os faziam segurar a mão um do outro conforme se aproximavam de onde ouviam conversas sussurradas. "Pare de choramingar, Átila, eles irão nos ouvir.", resmungou baixinho sua cópia exata, Atlas Nightshade, que era tão curioso quanto qualquer outro ser vivo seria diante do perigo desconhecido.

     Quando as vozes ficaram mais baixas e distantes, o pequeno que apertava o mais forte possível a mão de seu irmão para que o mesmo não chorasse e acabassem sendo descobertos ali. De todo modo, ele o soltou e saiu para verificar o motivo dos adultos falarem tão baixo em uma noite tão barulhenta como aquela. A criatura que seus olhos avistaram não era nada que já havia visto, nem mesmo nos livros que lia escondido de seu pai ou nos estudos de seu avô. Paralisado com o desconhecido logo a sua frente, ele não respirou ou até mesmo ameaçou correr, mesmo que tudo em seu corpo lhe levasse a querer aquilo. Então, o monstro demônio se virou em sua direção e sorriu, mas não era como o sorriso doce de sua mãe ou como o sorriso travesso que seu pai dirigia a ele ao aprontar algo. Era algo frio que fazia arrepiar seus braços e querer fechar os olhos, e mais do que isso, desejar jamais ter o visto.

     "Então, o miserável que ousou me trazer até aqui tem uma criança de seu sangue. Aproxime-me e diga-me seu nome."

     Mas Atlas não conseguia pronunciar seu próprio nome diante daquela criatura, apenas conseguia se concentrar em não dar as costas a mesma, pois sabia, que seria a última vez que faria isso se assim fosse. O demônio riu mais uma vez do temor que via no rosto da criança, parada e quieta em sua frente.

     "Eu sei o que deseja, sei que deseja pedir e darei a você. Mas apenas se me der algo em troca, criança. O que acha disso? Temos um acordo?"

     Naquele momento, o pequeno menino ergueu seus olhos um pouco mais para Mammon e curioso sobre a oferta recebida, temendo ainda a horrorosa criatura, lentamente acenou positivamente com a cabeça. Dois passos deu em direção ao círculo que não havia visto antes e arregalou os olhos quando viu seu pai sacar uma adaga de adamantas, e correr em sua direção. Jogado para trás por braços fortes e ainda em choque, a criança só pode balançar a cabeça, se deixando chorar por medo. Correndo daquele lugar, daquela confusão que havia criado e de ver seu irmão, sangue do seu sangue, sua cópia mais autêntica, ser puxado pelo que parecia ser uma força misteriosa em direção ao círculo. Foi então, que seus pensamentos assustados se tornaram claros como um dia de sol, e pode ver que havia cavado a cova na qual seu irmão permaneceria a partir daquele momento. O demônio, o havia confundido em sua ignorância ao não saber que a criança que o tinha enganado, na verdade, possuía um gêmeo tão idêntico que até mesmo a mulher que os tinha lhe dado a vida, os confundia de tamanha semelhança.

(...)

     As palavras retornavam a cabeça de Atlas, dia após dia, de maneira interminável em seu próprio inferno. A promessa de vingança de uma demônio era muito maior do que sua palavra em um acordo, sabia disso agora. E era assim que Mammon desejava que fosse e como de fato acontecia. Havia se passado vinte anos desde o ocorrido na velha mansão Nightshade, onde uma criança tola se envolveu com uma criatura perversa e perspicaz. Como o único sobrevivente de uma família caçada por anos, Atlas era apenas o que havia restado daquele dia, haviam muitas mortes em seus ombros, mas uma lhe doía mais do que todas, pois era um pedaço de sua alma que havia sido tirado dele. Átila Nightshade, a mais doce e gentil criança que pode conhecer e que perdeu a vida para que a sua tivesse sido poupada, mesmo que aquela não fosse a intenção.

     Crescer não havia sido fácil para ele, sobreviver ainda mais, sempre será difícil sobreviver para aquele que não deseja a vida. Mas com o tempo mostrou a forma egoísta de seu luto e lhe deu motivos para permanecer, motivos dolorosos e violentos, ainda sim, motivos. Quem lhe deu esses motivos? Um desconhecido que não tinha pena do menino abandonado e de olhos vazios, mas sim, alguém que queria tirar aquele estorvo da calçada a qual pisava todos os dias, cansado e na maioria das vezes, machucado. Edward Newgate, um velho professor ranzinza da Scholomance havia lhe jogado no meio de treinados caçadores até que estivesse cansado de apanhar e resolvido revidar. Levou algum tempo, parte dele não estivera consciente o suficiente para relatar, mas conseguiu, tornou a vontade de Newgate a sua própria e se tornou um Centurião, do qual palavras não se faziam tão agradáveis.

     E de fato foram anos de poucos diálogos. Após a guerra, os centuriões foram postos novamente em serviço, afastando muitos de suas famílias e amigos; como havia acontecido com Atlas e Lilith Tefeneel, uma companheira antiga de trabalho. Por muito tempo se mantiveram distantes um do outro, sem manter contato algum, vivendo apenas com fragmentos de memórias da garota de pavio curto e péssimos hábitos. Entre uma missão e outra, ouvira poucas notícias da caçadora, que se encontrava distante, em seus próprios compromissos. Até serem mais uma vez chamados por Taciana, a superior que era responsável por cada trabalho executados por eles. A mulher por sua vez, antes de lhes dirigir a palavra, havia os entregue pastas e pastas de cor creme; todas possuíam relatos de assassinatos executados próximos as águas de Nova Iorque. Assim, com o surgimento de uma nova ameaça assolando a cidade, ambos foram enviados mais uma vez para o lugar em questão, com somente a premissa de descobrirem mais sobre os acontecimentos misteriosos.

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